A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um resumo técnico chamado “Doença de Parkinson: uma abordagem da saúde pública”, onde descreve a carga global, as lacunas de tratamento e as áreas cruciais para ações e fornece considerações para políticas, implementação e pesquisa com foco em países de baixa e média renda. Nesse contexto, a OMS destaca a importância dos Cuidados Paliativos no transcorrer da doença e as dificuldades enfrentadas para ampliar essa oferta de cuidado a um maior número de pacientes.
Segundo a OMS, “globalmente, a incapacidade e a morte devido à doença de Parkinson estão aumentando mais rapidamente do que para qualquer outro distúrbio neurológico. Apesar do impacto significativo, há desigualdade na disponibilidade de recursos para o manejo da doença, principalmente nos países de baixa e média renda. Os Cuidados Paliativos são vistos como essenciais para a melhora da qualidade de vida dos pacientes e cuidadores, mesmo com grandes dificuldades de serem conduzidos em algumas partes do mundo. Serviços essenciais de saúde com uma abordagem interdisciplinar do cuidado podem melhorar o funcionamento e a qualidade de vida das pessoas com Parkinson e reduzir a pressão sobre os cuidadores. À medida que a doença progride, deve-se focar na reabilitação, melhorar e manter o funcionamento e a qualidade de vida, prevenir complicações e minimizar a incapacidade a longo prazo. Cuidados paliativos são considerados essenciais. Essas intervenções não estão, no entanto, disponíveis em todos os lugares, particularmente nos países de baixa e média renda”, cita a publicação.
Ainda de acordo com o resumo técnico da OMS, um estudo publicado em 2013 relatou que apenas 20 países em todo o mundo (8,5% do total) integram os cuidados paliativos nos serviços de saúde. A publicação também corrobora com a visão de que os Cuidados Paliativos não devem ser compreendidos apenas como algo relegado ao fim da vida para doenças graves em suas fases agudas, mas a partir do diagnóstico. “O planejamento para cuidados paliativos pode ter que começar no diagnóstico e não apenas em crises, embora tais discussões possam ser difíceis. Pouca atenção tem sido dada à prestação de cuidados paliativos e, consequentemente, melhorias na qualidade de vida das pessoas com Parkinson. Serviços paliativos não são comuns em países de baixa e média renda. Profissionais de saúde primária com compreensão adequada da Doença de Parkinson podem receber o treinamento relevante para discutir os benefícios do avanço planejado de cuidados paliativos com pessoas com Parkinson e seus cuidadores, incluindo a devida consideração das perspectivas locais e culturais sobre o fim da vida”.
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Fonte: Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP)