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Cuidados paliativos: como queremos viver?

Na semana passada, o programa Bem Estar, da Rede Globo, contou a história de Ana Michelle para falar sobre os cuidados paliativos. Muito longe de ser apenas para quem está à beira da morte, essa especialidade é dedicada para quem tem chance de sobreviver, contribuindo até mesmo no sucesso do tratamento.

 

“Descobri que cuidados paliativos não era sobre morrer, era sobre como eu queria viver até lá. E esse lá pode ser um mês, dois anos, cinco anos, dez anos. Quem sabe?”, contou a jornalista Ana Michelle Soares, de 35 anos, que descobriu um câncer de mama metastático, sem cura, e revelou sua história no Bem Estar. O programa também contou sobre Renata, que descobriu, junto de Ana, sobre o mesmo diagnóstico de câncer de mama. As duas foram encaminhadas para tratamento paliativo. Entre um ciclo e outro de quimioterapia, elas conheceram restaurantes, viajaram para Fernando de Noronha e até conheceram a Europa. 

 

A luta de Renata terminou uma semana antes do encontro do Bem Estar com Ana. “Ela foi embora sem pendência, porque até quando você assume essa questão de cuidados paliativos, você entende que vai chegar um momento que a médica vai chegar para você e falar: não há mais o que fazer. Mas mesmo quando não há nada para fazer, tem muito a ser feito ainda”, conta a jornalista. Além do acompanhamento médico, os cuidados paliativos da Ana incluem o uso de vitaminas, terapia, meditação e Reiki, que não interferem no tratamento e a fazem se sentir melhor. Ana prometeu que irá completar toda a lista de desejos que criou com Renata.

 

Amor, acolhimento e cuidado são regras da abordagem paliativa. O médico paliativista atua em três eixos principais: controle dos sintomas (principalmente da dor), priorizar a boa qualidade de vida e garantir medidas de conforto e dignidade. As intervenções podem ser no hospital, na casa do paciente ou em uma hospedaria. A prática é multidisciplinar, também com áreas da assistência social, fonoaudiologia, fisioterapia, psicologia, medicina integrativa e terapia. São cuidados para pessoas com alto grau de sofrimento, seja potencial ou real, desde o diagnóstico ao luto. 

 

É fundamental reforçar que os cuidados paliativistas não descartam a necessidade do tratamento, visando focar no bem-estar do paciente. Qualquer pessoa que tenha o diagnóstico de alguma doença grave, evolutiva ou com alto potencial de sofrimento, como câncer, Alzheimer, Parkinson, Aids e insuficiência cardíaca, pode se beneficiar com a especialidade. Saiba mais aqui.