Conteuddo 01 De Maro

Diálogos com Pacientes em Cuidados Paliativos: um competência fundamental para excelência de atendimento.

Quando confrontados com o diagnóstico de uma doença ameaçadora da vida, essa comunicação é ainda mais desafiadora que qualquer outra relação com a família e paciente, seja devido à própria condição de saúde, a questões neurológicas ou até mesmo ao estado emocional. Isso não só afeta o paciente, mas também seus familiares e os profissionais de saúde que o cercam.

Neste contexto, em que a comunicação se torna um dos pilares dos Cuidados Paliativos, torna-se crucial adaptar as estratégias de comunicação para garantir o bem-estar e a dignidade do paciente.

É fundamental considerar o paciente para além da doença. Isso implica em dialogar com o paciente e seus familiares para entender suas limitações de comunicação e as barreiras que impedem uma compreensão adequada.

A partir dessa avaliação, é possível desenvolver um plano adaptado às necessidades específicas do paciente. Em muitos casos, a comunicação alternativa se torna essencial, oferecendo novas formas de expressão através de gestos, escrita, objetos tangíveis e até mesmo dispositivos geradores de fala.

A comunicação em Cuidados Paliativos visa diversos objetivos, como ouvir e acolher as necessidades do paciente e de seus familiares, permitir que o paciente participe das decisões relacionadas ao seu tratamento, promover uma vivência da finitude mais saudável, fortalecer vínculos afetivos e garantir o bem-estar de todos os envolvidos.

Ao se comunicar com pacientes em cuidados paliativos, é importante criar um ambiente seguro e tranquilo, usar uma linguagem clara e simples, manter contato visual e, quando apropriado, usar gestos e toques para transmitir empatia.

Acima de tudo, é crucial estabelecer uma relação de confiança, onde o paciente sinta-se confortável para compartilhar seus sentimentos e desejos. A escuta ativa desempenha um papel fundamental nesse processo, permitindo que os profissionais de saúde ofereçam um cuidado integral e humanizado até o fim da vida.